A lipoenxertia mamária cresceu em popularidade nos últimos anos. Na Internet de vez em quando você pode ouvir: "aumento de mama não cirúrgico", "seios sem implantes", "seios sem cirurgia" e assim por diante. Qual a razão de tanto interesse pelo transplante de gordura autóloga de diferentes áreas do corpo para a mama (essa é a essência do procedimento de lipofilling)?
Isso se deve principalmente à popularização dos procedimentos de injeção cosmética em geral. As injeções de ácido hialurônico, toxina botulínica e plasma sanguíneo são mais populares hoje do que nunca. Além disso, a reputação do clássico aumento da mama sofreu com a descoberta de uma correlação entre os implantes texturizados e o raro linfoma não-Hodgkin, denominado linfoma anaplásico de grandes células. Além disso, os implantes apresentam outros riscos, como contratura ou ruptura capsular. Finalmente, eles requerem monitoramento periódico.
Apesar dessas deficiências, o aumento dos seios tradicional com implantes de silicone ou solução salina continua sendo um dos procedimentos de cirurgia plástica mais populares do mundo, pelo menos porque o procedimento é bem estudado no momento e nenhuma forma mais segura de aumento dos seios foi encontrada.
De acordo com especialistas americanos, a demanda por aumento de mama com lipofilling disparou 37% desde 2015, o que é muito. O lipofilling costuma ser atraente porque oferece uma aparência mais natural do que os implantes mamários. Uma vez que seios pequenos, mas firmes estão agora na moda, o lipofilling se tornou cada vez mais preferido.
Parece que tudo em relação ao lipofilling é extremamente limpo - a operação não é difícil, não há corpos estranhos no corpo, o resultado é natural, embora por algum motivo nem todo cirurgião plástico seja fã deste procedimento, e de forma alguma o paciente é um bom candidato para isso. Além disso, o procedimento tem seu próprio conjunto de riscos e limitações. Isso será discutido abaixo.
Como aumentar os seios sem implantes?
Então, o procedimento de lipofilling é realmente um aumento de mama muito real sem implantes, que envolve uma técnica de dois estágios: primeiro, é realizada a lipoaspiração do excesso de gordura - do abdômen, nádegas, laterais ou outras áreas "resistentes ao simulador", e depois essa gordura é eliminada e transferida para o seio. Em geral, apesar da aparente simplicidade, a operação é, na verdade, uma joia. Comecemos pelo fato de que se trata de uma operação cirúrgica realizada em centro cirúrgico, e não um simples procedimento cosmético da categoria de aumento labial com ácido hialurônico.
O máximo cuidado requer tanto a extração da gordura quanto sua transferência para o local desejado. O objetivo é que as células de gordura se enraízem, para conseguir um bom suprimento de sangue no novo local, o que não é fácil. A gordura geralmente se comporta de forma bastante caprichosa quando é retirada de seu lugar "nativo" e transferida para outro. Por exemplo, até metade da gordura transplantada pode ser reciclada pelo corpo durante os primeiros meses após a cirurgia. A taxa de sobrevivência varia em média de 30 a 80%. Uma mama com baixo suprimento sanguíneo, que pode ser resultado de radioterapia, tratamentos a laser, cirurgias anteriores ou mesmo genética, tem alto risco de que a gordura não se enraíze nela, mas seja processada pelo corpo.
No entanto, a gordura que durou e não desapareceu em nenhum lugar por pelo menos três meses não deixará mais o seio e permanecerá, senão para sempre, pelo menos por muitos anos.
O aumento dos seios com a própria gordura geralmente é feito pontualmente - o tecido do doador é injetado onde o volume é necessário. Normalmente, este é o pólo superior da mama onde a perda de volume ocorre com mais frequência, especialmente após a amamentação, perda de peso ou remoção do implante. Além disso, nessas situações, não há necessidade de mamoplastia, uma vez que o mamilo está na posição correta (olhando para cima ou para frente), mas a mama na parte superior parece estar vazia.
Porém, o problema aqui é que a gordura não tem uma forma clara e com ela é impossível desenhar e prever a forma desejada, apenas um implante é capaz disso. Além disso, a gordura não pode aumentar os seios em mais de um copo. Portanto, verifica-se que uma pessoa idealmente indicada para lipofilling já deve ter seios de bom tamanho, com o qual está satisfeita. Uma transferência de gordura só adicionará um pouco de volume aos seios.
A maioria dos cirurgiões, tanto ocidentais quanto domésticos, considera um peso estável como um dos critérios mais importantes para manter o efeito do lipofilling. A gordura transplantada sempre responderá à perda e ganho de peso. Ele pode ser revisto muito rapidamente se, por exemplo, um paciente decidir mudar do treinamento regular para o CrossFit no futuro, como resultado do qual ele perdeu peso. E, em alguns casos, as pacientes até relataram crescimento excessivo da mama após o lipofilling, o que aconteceu porque a gordura se comportou exatamente como na área doadora.
Assim, apesar de a principal vantagem do lipofilling sobre os implantes ser a ausência desses mesmos implantes, o resultado da transferência de gordura é difícil de prever. A operação pode ser a melhor que já foi feita ou pode resultar em desperdício de dinheiro, energia e tempo. Ao contrário das próteses de silicone, que dão um resultado muito claro e previsível.
Quando o lipofilling pode ser uma boa opção para aumento dos seios sem implantes?
Um cirurgião plástico pode recomendar o lipofilling como um complemento ao aumento dos seios com implantes, se você precisar adicionar densidade à pele para que a prótese não se projete através dela. Além disso, o lipofilling é usado após a remoção dos implantes para preencher os espaços vazios da prótese removida.
O lipofilling tem se mostrado uma correção adicional na reconstrução mamária após mastectomia e mastectomia. Em geral, o lipofilling é quase um procedimento ideal para ser combinado com outros procedimentos cirúrgicos. Isso é especialmente verdadeiro para as operações de reconstrução mamária, quando a operação não só ajuda a preencher as irregularidades, mas também ajuda a recuperar a pele afetada pela radioterapia, uma vez que a gordura contém células-tronco.
O lipofilling pode ser usado para mamoplastia?
Posso. Além disso, em alguns casos, essa é a chave para o resultado perfeito. A mamoplastia é freqüentemente realizada em mulheres com pele fina e flácida. Se eles tiverem uma quantidade suficiente de tecido adiposo de doador, o lipofilling pode ser uma boa adição.
O fato é que logo após o levantamento, a mama fica alta o suficiente, o inchaço pós-operatório também afeta. Depois de alguns meses, os seios afundam, o que é normal. Mas muitas vezes o pólo superior da mama tem uma inclinação um tanto côncava, o que nem sempre satisfaz as pacientes. O lipofilling ajuda a manter essa área exuberante, além disso, como já mencionado, tem um bom efeito no estado da pele, de alguma forma rejuvenescendo com o auxílio das células-tronco.
É seguro transferir gordura para a mama?
Inicialmente, os médicos tiveram uma série de preocupações de que a gordura transplantada pudesse aumentar o risco de recorrência do câncer naqueles que se recuperaram com sucesso. No entanto, estudos em andamento provaram o contrário - o transplante de gordura é seguro tanto na cirurgia cosmética quanto na reconstrutiva da mama.
O problema, ao que parece, é outro - a gordura transplantada pode ser processada pelo corpo, reduzindo totalmente o efeito da operação a nada, ou, ao contrário, pode permanecer na mama, mas formar cistos e calcificar. A frequência dessas complicações é em média de 3 a 17%. Alguns cirurgiões acreditam que o aparecimento de cistos pode interferir na qualidade da mamografia, além de interferir na detecção do câncer de mama e dificultar sua interpretação. Outros cirurgiões refutam isso, argumentando que os tumores formados por necrose gordurosa são diferentes dos cancerosos, e um radiologista experiente pode facilmente distingui-los.
De uma forma ou de outra, o paciente pode tirar dessa única conclusão - a questão do uso de lipofilling é controversa. Existem riscos de neoplasias císticas e reabsorção completa do tecido do doador. Obviamente, consultar um cirurgião experiente e qualificado pode reduzir esses riscos.